Panteras - Dia de S. Valentim

Poesia criada a partir de "Caneta", de Manuel António Pina

Borracha

Tenho uma borracha
Que apaga sozinha.
Na folha ela marcha
E pelo apagador está caídinha.

Ensinei-a a apagar:
Letras, números e desenhos.
Agora, de cabeça no ar,
Faz buracos tamanhos.

Está muito apaixonada
Pelo apagador.
Não faz mais nada
Do que pensar no seu amor.

Que hei-de eu fazer
Com a borracha e o apagador?
A borracha vou esquecer,
Vou comprar um corrector!

Panteras

2 comentários:

Anónimo disse...

Ai que lindo é o amor!!!
Mesmo que seja entre uma borracha e um apagador!!!!!

Muito bonito, muito imaginativo!... Parabéns!!

Nat e Sílvia

luziabpinheiro disse...

E assim acontece uma linda história de amor... Esta história só é possível quando existe partilha. Continuem a partilhar. Parabéns!!!!

Por falar em partilha, vejam a história "Maria Castanha" criada pelos meninos do J.I. de Ribamar - sala dos Piratinhas.